quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Os famigerados kits

Os famosos kits de sobrevivência estão por todos os lados. Aqui e ali vemos sugestões de todo gênero do que se carregar diariamente. O que ocorre é que não existe uma forma de bolo, um kit universal que atenderá a demanda de todos os tipos de pessoas. Na maioria das vezes a necessidade de uma pessoa coincide com a necessidade de outras. Mas não é sempre assim. Cada pessoa tem sua peculiaridade. Existem pessoas que incluem cigarros em seus kits. As necessidades básicas são as mesmas, mas as demais são muito inerentes a cada um. 

Os aspectos a serem cobertos por um kit de sobrevivência procuram atender às necessidades básicas de uma pessoa. Esses aspectos são: navegação, sinalização, comida, água, abrigo, fogo. Como forma de facilitar a visualização do contexto, podemos dividir – para fins didáticos – os kits em:

·         kit portátil (também conhecidos por kit de emergência, kit básico, kit diário)
Compreende os itens estritamente essenciais para fornecer sobrevida a uma pessoa. Não incluímos aqui gêneros alimentícios nem água. A ideia é abranger os meios para se encontrar o produto final, ou seja, inserimos formas de se purificar a água e não a água em si; meios para se conseguir alimento e não alimento em si. É necessário – sobretudo neste tipo de kit mais enxuto – que o sobrevivente simule, use, teste, conheça os itens do kit como a palma de sua mão.  

·         kit base
Compreende o maior volume de suprimentos de que o sobrevivente dispõe.  É o estoque principal. É importante que esse montante de provisões esteja alojado onde o sobrevivente mora por ser o local mais provável que o sobrevivente esteja quando o evento danoso ocorrer.

·         kit móvel
É aquele kit que transportamos no carro. Nossa sugestão é que ele esteja alojado dentro de uma mochila resistente e esta seja acondicionada no assoalho do banco traseiro do lado direito (atrás do banco do carona). Se for possível prendê-la ao assoalho, tanto melhor, pois na eventualidade de uma colisão a mochila não se tornaria um projétil a ser arremessado contra os ocupantes do carro. Subsidiariamente é possível também alojar a mochila no porta-malas.

·         Kit secreto
É guardado no ponto 2. O sobrevivente deve ter consigo que certos eventos danosos inutilizarão sua casa. Com a ausência do suporte logístico principal o sobrevivente deve ter um plano B, um local secreto em que possua outra reserva de mantimentos. Esse local é para onde o sobrevivente se moverá ao abandonar sua casa.

Falaremos detidamente sobre cada um deles, elencaremos nossas sugestões sobre o que cada kit deve conter, diremos sobre a importância de se ter controle do prazo de validade de cada item, sobre a manutenção de componentes mecânicos, sobre as necessidades peculiares que cada pessoa tem ao montar um kit. Obviamente a nomenclatura dada acima a cada kit é apenas uma sugestão, já que o importante não é o nome em si, mas sua função, sua composição e os fins a que se propõe.

Sobreviver em meio hostil

Seis da manhã. Acordamos, levantamos, fazemos nossas necessidades fisiológicas e escovamos os dentes, comemos a refeição matinal e saímos para trabalhar. Já no portão vemos a rua - geralmente coberta por algum tipo de pavimento - vemos pessoas, carros, ônibus.  Chegamos ao local de trabalho e vemos os colegas, os superiores. Isso é o que chamamos de sociedade organizada - apesar de suas imperfeições estruturais.

Em Sociologia, uma sociedade significa associação amistosa com outras pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes e que interagem entre si constituindo  uma comunidade. A evolução da humanidade está diretamente ligada à necessidade humana de satisfazer anseios particulares. Platão estava certo ao afirmar que a necessidade é a mãe da invenção. Por isso o homem inventa, se arranja, cria métodos e técnicas para satisfazer suas necessidades de defesa, alimentares, construtoras, de preservação da vida (medicina, odontologia).

Nessa linha de raciocínio temos as técnicas de sobrevivência em meios hostis. Hostil caracteriza qualquer meio ou conduta que oferece risco à vida, à segurança, à saúde, ao patrimônio de alguém, entre outros. Mesmo que não tenha sido hostil por todo o tempo, um ambiente, uma casa toda, uma rua, um bairro, uma cidade, um país, ou o que é pior, o mundo todo, pode, em algum momento, oferecer risco à manutenção da vida humana e então isso exigirá de você providências urgentes para permitir sua sobrevida naquele meio hostil. Antecipar ações, armazenar víveres, trazer consigo kits de utensílios, podem ser o fator determinante entre a continuação da vida, ou do extermínio dela.

Trataremos com mais detalhes aqui no blog acerca de meios para que uma pessoa urbana com pouco ou nenhum treinamento em sobrevivência possa sobressair de uma situação de emergência e ser testemunha do fato que desencadeou a crise.

Posso afiançar de antemão que quanto mais conhecimento nessa área trazermos conosco, menos equipamentos traremos na mochila. A mochila pode estar lotada de comida, medicações, lâminas de várias características, um grande novelo de corda e outras tantas coisas. Inútil tudo isso se não se conhece as especificações básicas de seu equipamento. Saber usar os recursos disponíveis em momentos de crise é probabilidade maior de manter-se vivo.

Trataremos sobre um sem número de informações e conhecimentos sobre sobrevivência que levarão peremptoriamente a uma maior capacidade de ler o ambiente, de fazer prognósticos dos cenários político, climatológico, econômico, astronômico e sociológico.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Um breve comentário

Olá.
Vivemos um ritmo de vida alucinante nos dias de hoje. Internet, globalização, tecnologia de ponta, nanotecnologia. Aprimoramos os meios de comunicação, obtemos imagens da superfície marciana com “apenas” dez minutos de atraso (o tempo que a luz demora para viajar da Terra à Marte ou vice-versa). Enviamos sondas ao espaço profundo, sintetizamos drogas para várias doenças, explodimos a bomba nuclear. A produção do conhecimento humano atingiu patamares inimagináveis há 100 anos.
No entanto, o que faríamos se faltassem todos os recursos tecnológicos disponíveis atualmente? Conseguiríamos produzir fogo com duas pedras? Conseguiríamos caçar? Sobreviveríamos a uma hecatombe? 
O homem se depara constantemente com situações que exigem atenção, criatividade, solução rápida. Dominar técnicas arcaicas de sobrevivência podem ser uma boa solução e talvez o liame entre a vida e a morte. Nossa proposta aqui é apresentar dicas e sugestões de como enfrentar situações adversas, utilizar técnicas eficazes e fartamente comprovadas em campo, demonstrar ferramentas e dispositivos utilizados desde os primórdios pelo ser humano.
Conhecimento não ocupa espaço e sempre é bem-vindo. Abrir a mente a uma nova ideia pode significar a continuidade de nossa milenar luta pela sobrevivência.
Seja bem-vindo.