domingo, 9 de março de 2014

Miojo: vilão ou aliado?

Uma pesquisa da Proteste realizada recentemente alerta que o consumo exagerado de miojo faz mal à saúde. Não somente o miojo, mas todos os outros produtos definidos como macarrão instantâneo fazem mal à saúde devido ao alto teor de sódio e de gordura em sua composição.
As doses exageradas de sal foram encontradas não só no tempero como na própria massa. Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS a ingestão máxima de sal por dia deve ser de apenas 2 gramas, o que equivale a uma colher rasa de café e cada embalagem de macarrão instantâneo traz pelo menos o dobro deste valor.
O excesso de sal na alimentação está ligado ao aumento da pressão arterial, problemas cardíacos, colesterol e comprometimento renal. A recomendação é de evitar ao máximo este tipo de refeição optando por alimentos mais saudáveis, e se possível, preparadas sem sal como saladas frescas e legumes cozidos. Para conferir algum sabor indica-se o uso de ervas finas e especiarias, que não fazem mal a saúde e são agradáveis ao paladar.
Pois bem, sobrevivente. Você já deve ter ouvido falar que o miojo é carrasco da saúde, mas tem um sem número de praticantes de bushcraft, sobrevivencialismo, camping que utilizam largamente o miojo nas refeições outdoor. Penso que o equilíbrio seja a essência. Comer miojo só em situações de acampamento não faz tanto mal assim. Alguns excessos são admitidos pelo corpo humano. O que é prejudicial e deletério é a regularidade da má alimentação. O que aconselho aqui é substituir o tempero que acompanha o miojo, por alho e sal. Particularmente, eu gosto de fatiar um tomate e acrescentar feijoada em lata (daquelas de 400 gramas). Fica ótimo e sustenta bastante.
O bom do miojo é que ele é muito versátil. As combinações possíveis são inúmeras, e cá entre nós, é uma delícia não é mesmo? Salsicha, calabresa, ovo, almôndegas enlatadas, enfim... a criatividade do sobrevivente é que vai dar sabor a uma das atividades mais prazerosas de se fazer no meio do mato: comer. Bom apetite.
Ótima noite!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Planejamento prévio

Essas dicas são para você se preparar para um ataque futuro, mesmo que ainda improvável no teatro dos acontecimentos geopolíticos mundial (o que não o caso se considerarmos a crise na Ucrânia).

Elabore um planejamento de suas ações: Organização e planejamento são pilares de sustentação de uma ação bem desenvolvida e coroada com sucesso. Se você cogita a possibilidade de que o “simples” fato de existirem armas nucleares em nosso planeta possa ser um indicativo de que algum dia elas possam detonar em locais em que o Brasil não se livre dos efeitos da explosão ou mesmo dos efeitos da radiação resultante, você deve elaborar um planejamento criterioso para esse impasse. Mas para quê? Para se livrar do desespero avassalador que se abate sobre pessoas que não estão preparadas psicológica ou logisticamente, para enfrentar uma crise repentina. Se um ataque nuclear acontecer, não será seguro se aventurar pelas ruas em busca de alimentos, de água, de ajuda. O caos pode ter se generalizado e a chance de você arrumar mais problemas do que soluções é grande. Elabore um detalhado plano contendo basicamente as primeiras providências a serem tomadas após o conhecimento do ataque, itens armazenados e onde podem ser usados, prováveis locais para fuga, em caso de colapso do seu abrigo, o que fazer em várias outras situações, etc. 
 Os órgãos oficiais dizem que você deve se abrigar de possíveis efeitos da radiação por, no mínimo, 48 horas. Mas de tanto pesquisar pela internet afora, eu cheguei a conclusão de que o tempo absolutamente mínimo para sair do abrigo é 9 dias. Explico-me. A chuva que cai torrencialmente após a detonação nuclear traz restos dos materiais pesados e radioativos que se desprenderam do núcleo do artefato no momento da explosão. Esse material fica em suspensão no ar por alguns dias. Quanto mais você puder proteger sua pele do contato com esse tipo de material, melhor para você. Ter alimentos, água e suprimentos médicos à mão pode acalmar seu estado psicológico e permitirá que você se concentre em outros aspectos da sobrevivência (que são muitos).

Estoque alimentos: Determinados alimentos podem durar anos, se devidamente acondicionados e armazenados. São os liofilizados, enlatados, e os embalados com determinados condimentos que prolongam em muito tempo a vida útil do alimento (falaremos mais detalhadamente disso em momento oportuno). Escolha itens que contenham muito carboidrato, para o fornecimento de mais energia para seu corpo, e os armazene em um local fresco e seco. Alguns itens que devem se fazer presentes são: arroz branco, trigo, feijão, açúcar, aveia, macarrão, leite em pó, frutas e vegetais secos. Construa lentamente seu estoque, com paciência e seguindo o contido no seu planejamento. Sempre que você for ao supermercado, pegue um ou mais itens para seu estoque de comida. A quantidade de alimento que você vai armazenar depende do tempo que você definiu como meta para ficar
no abrigo e do seu consumo diário. Quanto mais tempo permanecer abrigado, mais alimento a ser estocado – regra básica. Existem cálculos em termos de consumo mínimo calórico por dia que um ser humano deva consumir que é de 2000 calorias por pessoa. No entanto, em situação de sobrevivência, em que você não sabe até quando vai precisar de seu estoque de alimento sem ter de recorrer ao meio externo para consegui-lo, aconselho a diminuir a quantidade de calorias consumidas, até porque você estará a maioria do tempo em repouso e esse estado consome menos energia.

Mesmo que não seja necessário o uso desses alimentos e quando sua vida útil estiver chegando ao fim, utilize-o em sua alimentação cotidiana e depois reponha o estoque. Outra coisa importante: certifique-se de ter um abridor de latas para alimentos enlatados.

Armazene água: considere manter um suprimento de água em recipientes plásticos. Limpe os recipientes com uma solução alvejante, depois os encha com água filtrada ou destilada.
A dica para cálculo de quantidade é 4 litros por pessoa por dia. Para purificar água, mantenha água sanitária e iodeto de potássio por perto (ou comprimidos de clorin).

Disponha de meios de comunicação: manter-se informado, bem como alertar os outros de sua posição, pode ser valioso para sua vida. 

Rádios: acredite! você vai precisar [e muito] de um rádio. Se for com 12 faixas de frequência é melhor, mas não escolha um rádio que tenha menos que 7 faixas. Os de 7 e 12 faixas são capazes de sintonizar emissoras que transmitem em ondas curtas que é a faixa de frequência que atravessa enormes distâncias, inclusive oceanos. Veja:

·   Ondas Curtas - 2.3 MHz a26.1 MHz, divididas em quinze bandas, apresentam longo alcance, porém baixa qualidade de sinal. As mais usadas são de 49, 31, 25 e 19 metros.
·   Ondas Médias - 520 kHz a 1610 kHz, utilizada nas Américas, esta banda possui médio alcance.
·    Ondas Longas - 153 kHz a 279 kHz, não disponível no hemisfério oeste, é usado para transmissões na EuropaÁfricaOceania e parte da Ásia.
·    Ondas Tropicais - 2300 kHz-5060 kHz de 120-90-60 metros, utilizada entre os Trópicos, esta banda possui longo alcance, razoável qualidade de sinal.


Um rádio pode ser o único meio de comunicação disponível para se saber o que está acontecendo no mundo, caso a falência da internet, sistema elétrico e canais de TV tornarem-se inoperantes. Isso pode ser a diferença entre viver ou morrer. Rádios que captam estações que estão transmitindo a grandes distâncias podem nos fornecer informações preciosas acerca da extensão da explosão, da possibilidade de se sair ou não do abrigo, etc. Tente encontrar um rádio que seja movido à energia solar ou à manivela. Se você tiver que usar um modelo à pilha, certifique-se de ter à mão pilhas extras. Manter um gerador de energia, mesmo aqueles pequenos de pouca potência, é essencial para sua sobrevivência. Recarregar um celular, ligar um rádio, acender uma lâmpada podem fazer a diferença entre o desespero e a tranquilidade.

Apito: útil no caso de ser imperativo pedir ajuda e a outra pessoa esteja longe demais para ouvir um grito seu, ou de você estar gritando contra o vento. Parece besteira, mas um simples apito já salvou inúmeras vidas.
Telefone celular: O serviço de telefonia celular pode ou não ser mantido. Se assim for, tanto melhor, mas essa possibilidade é pequena. Mesmo assim, encontre um carregador solar para o seu modelo.

Estoque suprimentos médicos: ter em estoque alguns itens médicos disponíveis pode fazer a diferença entre viver e morrer se você for machucado em um ataque. Você precisará de:
·      Um kit básico de primeiros socorros: Você pode comprar estes kits prontos, ou fazer o seu mesmo. Você precisa de gazes esterilizadas e curativos, pomada antibiótica, luvas de látex, tesoura, pinças, um termômetro e um cobertor.
·      Um livreto de instrução de primeiros socorros: Compre um desses, ou monte seus próprios materiais impressos da internet. Você deve saber como fazer curativos em feridas, administrar RCP, tratar choque e queimaduras. Mas devo lembrar que se todas as informações que estão contidas no livreto, estiverem assimiladas pelo sobrevivente ele terá muito menos sofrimento numa situação que já é desesperadora. 
 Medicamentos de prescrição médica e suprimentos: Se você toma um medicamento específico todos os dias, tente se assegurar de guardar um pequeno suprimento de emergência. Quanto ao prazo de validade dos medicamentos, consuma-os conforme a necessidade, mas renove o estoque.

Consiga outros itens diversos. Conclua seu kit de emergência com o seguinte: uma lanterna e pilhas; máscara de proteção contra pó; papel filme e fita adesiva; sacos de lixo, lacres de plástico e lenços umedecidos para limpeza pessoal; uma caixa de ferramentas.

Gostaria de fazer um adendo. Compre aqueles plásticos pretos e grossos que são vendidos em lojas de material de construção. Tire medida de suas janelas e portas e compre os plásticos para cada uma delas. Numerar as portas e janelas e corresponder os números nos plásticos poupará seu tempo. Essa vedação é importante para que não entre poeira radioativa em sua casa. A vedação é feita com o plástico e com fita adesiva (eu prefiro a fita silver tape (aquelas prateadas) que são resistentes e grossas).

Fique de olho nas notícias. Um ataque nuclear provavelmente não virá sem aviso da nação agressora. Tal ataque seria precedido por uma deteriorante situação política. Uma guerra com armas comuns entre as nações que possuem armas nucleares, se não concluída depressa, pode se intensificar e tornar-se uma guerra nuclear e até mesmo ataques nucleares em uma região pode se transformar em uma guerra nuclear mundial.

Muitos países têm um sistema de classificação para indicar a iminência de um ataque. Nos Estados Unidos e Canadá, por exemplo, pode ser útil saber o nível de DEFCON (DEFesa CONdição).

Aprenda a diferença entre as armas nucleares.:
·    Fissão (Bombas-A): arma nuclear mais básica e são incorporadas em outras classes de armamentos. Esta bomba é feita à partir da divisão de um núcleo pesado (plutônio e urânio) com nêutrons; pois a divisão de átomos do urânio e do plutônio libera grandes quantidades de energia - e mais nêutrons. Os nêutrons perigosos causam uma reação nuclear em cadeia extremamente rápida. As bombas de fissão foram os únicos tipos de bombas nucleares usadas em guerra, contra humanos, até agora.
·    Fusão (Bombas-H): usando o incrível calor de uma "vela de ignição" de uma bomba de fissão, comprime e aquece o deutério e o trítio (isótopos do hidrogênio, que se fundem, liberando uma imensa quantidade de energia). As armas de fissão também são conhecidas como armas termonucleares, já que é necessário altas temperaturas para fundir o deutério e o trítio; tais armas são geralmente muitas vezes mais poderosas do que as bombas que destruíram Nagasaki e Hiroshima.










quarta-feira, 5 de março de 2014

Radiação nuclear I

A ocorrência de um ataque nuclear em algum país é uma possibilidade possível de acontecer se considerarmos que existem armas nucleares no mundo. É ainda mais possível de acontecer se admitirmos que existem diferenças ideológicas entre alguns desses países possuidores de tal artefato. E para concluir essa funesta análise, se considerarmos que esses países são governados por seres humanos, e como tais, são dotados de defeitos inerentes a sua condição humana como orgulho, vaidade e egoísmo. Pronto! Temos um problema em potencial.

É fato que existem organismos supra nacionais (ONU, Tribunal Penal Internacional e outros) que têm a missão de agir diplomaticamente ou, em casos extremos, até mesmo militarmente, para dirimir conflitos entre países, ou entre determinado governo e seu povo, como é o caso das guerras civis. Felizmente até hoje ocorreram apenas dois impactos nucleares utilizados em conflito armado contra uma população. Estivemos na iminência de acontecerem de novo no caso da "crise dos mísseis" em Cuba.

No entanto o mundo vive às voltas com conflitos dos mais diversos matizes, e além disso, não é possível desconsiderarmos os terroristas que, agindo em causa própria ou religiosa, podem ter acesso a artefatos nucleares no mercado negro internacional e usá-los em suas pretensões nefastas.

Para nós brasileiros, a possibilidade atual de sermos atacados por um artefato nuclear é baixíssima, dadas algumas circunstâncias, como por exemplo, o fato de o Brasil ser um país historicamente pacífico, de não estar envolvido em questões polêmicas internacionais, por não possuir vizinhos que estejam envolvidos diretamente em conflitos entre Estados Nacionais. A Venezuela é um caso específico, mas que também não considero, em última análise, como alvo de pretensões nucleares a curto prazo.

Mas os Estados Unidos, que não estão tão longe assim de nós, (Miami a Fortaleza tem a distância de 5.500 Km em linha reta e Washington DC e São Paulo distam em 7.600 Km) podem ser alvo de explosões nucleares. Então esse assunto nos interessa diretamente, certo? Sim, e muito. A menor distância entre os dois países, como vimos acima é insuficiente para nos livrar da radiação resultante da explosão. Mesmo no caso da distância entre a capital norte-americana a São Paulo, não nos livra de malefícios causados pela radiação nuclear.

Felizmente existem técnicas que podem ser usadas para sobreviver em meio a esse cenário inóspito. Se estivéssemos mais perto da América do Norte, essas técnicas seriam ineficazes, mas no nosso caso, são fundamentais para que um maior número de pessoas se livrem das consequências catastróficas da radiação nuclear e recomecem uma nova história.

No próximo post falaremos disso com mais detalhes.


Até, sobreviventes!


terça-feira, 4 de março de 2014

Iminência de um conflito armado

Se você não acompanha noticiários na TV, nem se importa em ler notícias pela internet, saiba que o mundo está na iminência de uma guerra sem precedentes. Absurdo? Não se considerarmos os últimos acontecimentos no leste europeu.

Rússia e Ucrânia travam uma batalha diplomática (até o momento) composta por ameaças [podem ser blefes], fazendo com que um jogo de xadrez se estabeleça nos bastidores da diplomacia dos dois países. A mobilização de forças russas na Crimeia, com o devido apoio do Parlamento a Putin, nos dizem que um desenrolar danoso é provável, pois os Estados Unidos, na ânsia de conquistar um aliado no quintal do eterno inimigo ideológico, prometeu auxiliar militarmente a Ucrânia numa suposta invasão russa. Além disso, a China é aliada ideológica da Rússia, bem como Irã, Coréia do Norte, Cuba, Venezuela. Além de outros que se alinham ideologicamente a esses últimos países, como é o caso do Brasil. Na outra trincheira temos as democracias europeias (a União Europeia, principalmente) e vários destes países têm arsenal atômico. Esse cenário nefasto nos faz pensar em quais providências temos que tomar num caso de conflito envolvendo potências com poderio nuclear.

Daqui por diante faremos um apanhado diário das principais informações garimpadas por mim em várias agências de notícias mundo afora, e atualizaremos tudo aqui. E paralelamente a isso, daremos preciosas dicas de como se resguardar dos possíveis danos advindos de um conflito armado.

Se isso realmente acontecer, tempos difíceis nascerão nos horizontes da Terra. E dificuldades surgem para nos mostrar que somos mais fortes do que pensamos. Uma chance de sermos melhores que pensávamos e lutar com os recursos disponíveis para a manutenção de nossa vida e das pessoas que gostamos.

Bom dia.